quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Márcio Souza acredita em julgamento técnico da prefeita Rita

Em entrevista ao Jornal de Gravataí o Vereador Marcio Souza, que foi Presidente da primeira comissão processante – agora extinta – constituída para investigar denúncias de improbidade administrativa contra a prefeita Rita Sanco e seu vice, Cristiano Kingeski, faz uma avaliação do processo que atualmente tramita na Câmara.
– A Câmara tem mantido uma postura republicana frente aos fatos. Não contraatacou
diante das acusações rebaixadas, vis, do Executivo, mesmo quando a própria prefeita chamou os vereadores de “golpistas”.
A Casa está dando exemplo de maturidade, mantendo abertos os processos, dentro da absoluta legalidade
– afirmou.
Segundo Márcio, a ação dentro da lei está comprovada pelas derrotas do Executivo em
duas instâncias da Justiça, na tentativa de desconstituir a Comissão Processante.
– Tenho orgulho de fazer parte desta Câmara, que tem dez vereadores que não
dobraram a coluna ante as acusações e à vontade do Executivo – destacou.
O colunista perguntou ao parlamentar se ele estava levando em conta as denúncias
que apareceram na CPI da Compra de Votos, atribuídas à secretária de Governo Daniela
Michel, de que a Prefeitura tinha a Câmara nas mãos e pelo menos três vereadores da
oposição “comprados”.
– Eventualmente alguém poderia tentar denegrir um processo de tal gravidade, incriminando práticas do jogo democrático.
Quando a comunidade que os elegeu tem uma demanda, por serviço mal feito ou não
feito, mesmo os vereadores de oposição tem a obrigação de buscar uma solução
para o problema, pois o cidadão dificilmente tem acesso ao Executivo. Esses vereadores funcionam como facilitadores para solução destes problemas, que hoje são cada vez maiores. Isso não é crime, não é ilegal e muito menos imoral. Se eles não se interessarem pelos problemas da comunidade não
merece ser vereadores
– explicou.
– Essa prática é comum e necessária, o que não dá ao Executivo ou a alguém do governo imaginar que, ao atender as demandas da comunidade via vereador, estará
comprando a consciência do legislador. Se pensar assim está fora da visão republicana
de Estado
– ponderou.
– Acredito sinceramente sobre os dez vereadores que votaram pela abertura das
duas comissões processantes, que não tenham firmado nenhum compromisso imoral
ou ilegal com o Executivo. Se há dúvida sobre isso, observem o final da Comissão
Processante
– desafiou.
Márcio aposta que os vereadores votarão com maturidade, de acordo com o relatório
final, condenando ou absolvendo os acusados.

Ainda no PT
Márcio Souza afirma que ainda continua no PT e aguardando o recurso encaminhado
em 29 de julho ao Diretório Nacional do partido.
Disse que considera a expulsão abusiva, com base nos documentos assinados por
seus próprios companheiros, que demonstram a tentativa de chantagem, de cercear
seu livre arbítrio, exigindo sua renúncia da Comissão Processante e depois sua exclusão do sorteio para formação de uma nova.
O prazo para ter seu recurso julgado pelo PT Nacional é de 90 dias a contar da data
de ingresso e ele acredita na absolvição. O vereador petista não disse, mas se quiser
concorrer na próxima eleição, precisará de uma decisão no final de setembro e, se não
a tiver, terá que procurar outra sigla.
Ele assegura que não quer sair. Se fosse essa sua intenção, diz que não teria recorrido da expulsão em duas instâncias.
– Acredito no governador Tarso, com quem já tive a oportunidade de trabalhar, por
sua capacidade de dialogar com a sociedade e por sua capacidade de articulação política.
Também acredito no projeto nacional do partido, que tem promovido a ascensão
social da população
– externou. Perguntado sobre se o PT da Aldeia também agia na
mesma linha, silenciou.

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